INFÂNCIA SEM FUTURO
► Há mais de um Século, nossos governantes insistem em reafirmar que o Brasil tem uma elevada dívida social. Para pagar aos banqueiros e investidores nacionais e estrangeiros, o Governo Lula inventou superávit primário, isto é, deixa de investir em infra-estrutura, geração de emprego e renda para garantir a remuneração escandalosa do sistema financeiro. O flagrante de hoje foi feito por Alberto Ellobo na passarela que liga as Avenidas Duque de Caxias e Dr. Plínio Casado, onde a Prefeitura construiu, no primeiro Governo Moacyr do Carmo, nos idos de 60, um terminal rodoviário, que liga o centro de Duque de Caxias aos distritos e aos municípios vizinhos de Belford Roxo, Magé e Nova Iguaçu. É ali que crianças e adultos dormem, todos os dias, sem que as autoridades responsáveis adotem qualquer política de recuperação da chamada população de rua. Não é possível que a segunda cidade em arrecadação do Estado, o 6º PIB do País, não tenha uma política efetiva de assistência social, além de distribuir pratos de sopa e agasalhos para que essas pessoas continuem dormindo embaixo de marquises, inclusive da Prefeitura, na Praça Roberto Silveira.
SHOPPING PARAGUAY EM CAXIAS
► Enquanto a Polícia fecha o “Mercado Popular” da Rua Uruguaiana, no centro do Rio, onde são comercializados tanto produtos piratas, como contrabandeados, a Prefeitura de Duque de Caxias constrói, em pleno centro da cidade, um prédio que irá abrigar dezenas de camelôs. As obras começaram no ano passado e deveriam estar prontas este mês, mas, pelo andar lento das obras, a inauguração só ocorrerá depois de maio. Os próprios camelôs, que deveriam ter interesse na obra, já apelidaram o pomposo “Mercado do Produtor ” com um nome bem sugestivo: Shopping Paraguay. A foto é de Josué Cardoso.
A DUPLA MERECIA MAIS ATENÇÃO
►A Prefeitura de Duque de Caxias resolveu, em tempos passados, homenagear a dupla Jararaca e Ratinho, descoberta nos anos 20 por Pixinguinha e uma das estrelas da Rádio Nacional nos anos 40/60. Ela construiu uma pracinha no bairro da Covanca, que serve de divisa com o Município de São João de Meriti. Imortalizado e ganhando o mundo com a marchinha ‘Mamãe eu quero”, ainda hoje sucesso nos bailes de carnaval, Jararaca veio morar em Duque de Caxias a convite do seu parceiro e compadre Ratinho, aqui vivendo até a sua morte. A pracinha, muito aquém do prestígio e do merecimento da dupla, acabou como um simples mictório a céu aberto, muito usado por motoristas, cobradores e despachantes de uma empresa de ônibus, que tem ponto final no local. Agora, crianças e jovens do bairro estão proibidos de freqüentarem o local por falta de manutenção e fiscalização por parte da Prefeitura. A foto é do jornalista Josué Cardoso.
TRAGÉDIA ANUNCIADA
► Depois que seis pessoas morreram afogadas na garagem de um shopping erguido ao lado de um valão no bairro da Penha, as autoridades do Estado, responsáveis pelas obras de reforma da estação de Duque de Caxias, devem repensar o projeto de um “mergulhão”, que será usado por pedestres e veículos, no trecho entre o início da Av. Duque de Caxias e a Rua Barão do Triunfo, para que o trecho da Av. Presidente Vargas, entre aquelas duas artérias, seja transformado num grande calçadão. Na Praça da Emancipação, já começou a ser aberta uma das “bocas” do mergulhão, para a passagem de pedestres sob os trilhos da ferrovia. Quem conhece a história de Duque de Caxias, lembra que os caranguejos freqüentavam a área onde fica a “Praça do Relógio”, antes das obras de dragagem e canalização do rio Meriti, realizadas pelo Ministério de Viação e Obras Públicas depois da Revolução de 30 e a posse de Getúlio Vargas. Como a área fica abaixo do nível do mar, tal e qual o mergulhão da Praça XV, não é difícil imaginar o local inundado com as chuvas de verão. A imagem do local é do jornalista Josué Cardoso.
SEM CINTO, SEM SEGURANÇA!
►Embora a Construção Civil seja a área da economia que mais cresce em Duque de Caxias, tanto a fiscalização de obras do Município, quando a do Ministério do Trabalho, não dão à mínima importância para as condições de segurança dos trabalhadores. Como vivem na periferia da cidade e da pirâmide social, os peões estão sujeitos a todo o tipo de incertezas, inclusive de saírem vivo do trabalho. O flagrante de Alberto Ellobo mostra um operário de uma obra, na Travessa Vitalina, ao lado do Juizado da Infância de Duque de Caxias, andando sobre andaimes sem qualquer tipo de proteção.
PEDESTRES FORA!
► Parafraseando aquele comercial de uma rede de TV por assinaturas, depois de oito anos de vigência, o Código Nacional de Trânsito continua sendo desrespeitado, nas barbas das autoridades que deveriam fiscalizar a circulação e o estacionamento dos veículos. O flagrante, do designer Alberto Ellobo, mostra um veículo estacionado na calçada da Av. Duque de Caxias, em pleno centro da cidade. O abuso no local, a poucos metros do Juizado da Infância, é uma prática que já vem de anos, o que tumultua o trânsito na área, pois no local existe, há décadas, um estacionamento, controlado pela Prefeitura.